sábado, 11 de dezembro de 2010

Fases

Olá, menino
Continue a brincar com seus sonhos
Na divertida infância de não ser ninguém
Pule, brinque, dê risada
É hora da alegria

Meu caro adolescente
Na intimidade que se desvenda
Luzes a se acender
Trevas a lhe ludibriar
Continua convicto que é um aprendiz da vida

Jovem, na encruzilhada da mudança
Força para o futuro que lhe aguarda, ansioso pela maturidade
Paz para o passado vivido, a lhe sustentar por toda a vida

Homem adulto
Sinta o peso de sua responsabilidade
Que as atitudes lhe sejam realidades
Com o calor do sentimento
Com a lógica da razão

Ao senhor senil, meus cumprimentos
Chegou a idade da colheita
Coma do fruto da vida
A lhe oferecer o doce caminho que o ontem lhe direcionou
Pense no presente que se esvai ligeiro
Pronto a encarar o amanhã do além túmulo.

sábado, 30 de outubro de 2010

Medo de Amar

Por tudo o que passo
Ainda que pouco seja
O sofrimento árduo e ácido
Parece límpido quando sinto Amor

Que força é está que me acende?
O que é isso que muda a minha personalidade?
Será que eu o detenho e controlo?
Não sei...

Sinti Amor hoje, há pouco
Foi breve, durou pouco
Deve ser meu coração rouco
Que fala só para mim, baixinho:

- Eu não desisti de você, por favor
Não desista de você mesma...

Quem sabe ele tenha vergonha
Pode ser medo, quem sabe
Mas eu sei que nada sei
E o que eu não sei?

Talvez eu não saiba amar...
Desejo não é realidade...
Posso querer, mas é difícil...

Bem, enquanto isso
Bebo um chá
E algo surge:
- Ah! já sei..
É o medo de Amar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Raízes do riso

Para que a nossa alegria não seja devaneio, mas sim felicidade!

”Para Pirandello, o cômico nasce de uma “percepção do contrário”, como no famoso exemplo de uma velha já decrépita que se cobre de maquiagem, veste-se como uma moça e pinta os cabelos. Ao se perceber que aquela senhora é o oposto do que uma respeitável velha senhora deveria ser, produz-se o riso, que nasce da ruptura das expectativas, mas, sobretudo, do sentimento de superioridade. A “percepção do contrário” pode, porém, transformar-se num “sentimento do contrário”- quando aquele que ri procura entender as razões pelas quais a velha se mascara, na ilusão de reconquistar a juventude perdida. Nesse passo, a velha da anedota não mais está distante do sujeito que percebe, porque este pensa que também poderia estar no lugar da velha - e o seu riso se mistura coma compreensão piedosa e se transforma num sorriso. Para passar da atitude cômica para a atitude humorística, é preciso renunciar ao distanciamento e ao sentimento de superioridade.”

Adaptado de Elias Thomé Saliba, Raízes do riso

Homeopatia e Espiritismo

Um fato que, já há algum tempo, chamou a minha atenção relaciona os princípios ativos e filosóficos da Homeopatia com os ensinamentos conquistados pela Doutrina Espírita, no que tange a cura, momentânea ou durável, do paciente. Explanarei sobre ambas, a seguir, de modo bem superficial, e posteriormente evidenciarei minha incógnita.

De modo geral, a Homeopatia vê a doença como uma alteração da energia vital do indivíduo, ou seja, um fator, ou a somatória de fatores, provoca, de acordo com a resposta do paciente, um desequilíbrio dessa energia, o qual inicia o processo de doença. Além disso, indica que há três diferentes “personalidades humanas”, existente cada uma desde o momento da união de gametas: psora, psicose e syfilis, sendo que cada uma tem uma característica peculiar de posicionamento perante a vida. Por exemplo: uma pessoa é geralmente psora, mas pode, em determinadas ocasiões, manifestar seu lado psicose. Desta forma, o remédio homeopático altera a energia do paciente, permitindo o seu fluxo normal e saudável, potencializando ou alterando as “personalidades humanas”, de acordo com o que é necessário para o indivíduo em determinado período ou momento da vida.

Por outro lado, o Espiritismo nos clareia sobre a existência do espírito encarnado, que possui um pensamento seu, uma experiência própria e que vive em um corpo com a finalidade de se adaptar no mundo material. Em adição, por se acoplar em um corpo material, esse espírito não se manifesta por completo, ou seja, toda a sua capacidade é limitada a certas particularidades tidas como essenciais para a vida material presente, por meio de estruturas corporais suas. (Comandadas por seu código genético). Vale ressaltar, ainda, sobre o perispírito, que é um “molde” semi-material, ou material menos denso que o corpo, do espírito, e por isso reflete todas as qualidades do mesmo (boas ou más), não manifestas em sua totalidade na vida analisada. O perispírito, por fim, é essencial para a vida do espírito no corpo material.

Chegamos, agora, na incompreensão minha. Se o remédio homeopático consegue alterar a personalidade do homem, será que 1) ele altera a estrutura perispiritual do indivíduo, permitindo que sejam manifestadas potencialidades do próprio espírito até aquele momento impedidas de serem manifestadas?; 2) atua no código genético (ver epigenética), possibilitando minuciosas alterações do soma as quais permitiriam as manifestações existentes no perispírito?; 3) altera a estrutura psicológica do indivíduo? (com a necessidade, aqui, de se avaliar qual é a natureza da psique humana (material, mistura entre matéria e perispírito, existente somente com a encarnação, ou propriedade intrínseca do espírito)); 4) age somente nos órgãos físicos, permitindo sua reabilitação?

De qualquer maneira, é fato que a Homeopatia possui aproximação visível com a Doutrina espírita, seja nesta questão abordada, seja em outras muitas não analisadas ou desconhecidas por mim. Porém, a questão aqui colocada é de suma importância, uma vez que anseia desvendar os mecanismos de ação dos medicamentos homeopáticos, ainda desconhecidos.

sábado, 16 de outubro de 2010

Mocidade Espírita Centro Vandir J. C. Dias

A idade mínima para entrar na mocidade é 13 anos. E a máxima? Bem, se você tem 80 anos mas tem alma de jovem e queira integrar à mocidade são bem vindos! Acho que deu pra entender, não? ^^

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SEGUINDO À FRENTE

“Assim que se alguém está em Cristo nova criatura é...” -Paulo. (II Coríntios, 5:17.)



Dificuldades, fracassos, conflitos e frustações... Possivelmente, faceaste tudo isso restando-te unicamente largo rescaldo de pessimismo.
Apesar de tudo, a vida te busca a novas empresas de trabalho e renovação.
O sol brilha, o mar de oxigênio te refaz energias, o progresso trabalha, o chão produz e parece que a noite se te abriga no ser.
Ergue-te em espírito e empreende a jornada nova.
Uma estrada se continua em outra estrada, uma fonte associa-se à outra.
Tens contigo a riqueza do tempo a esperar-te na aplicação dela própria, a fim de que a felicidade te favoreça.
Varre os escaninhos da alma, expurgando-te lembranças amargas e deixa que a luz do presente consiga alcançar-te por dentro das próprias forças.
Renova-te e segue adiante, trabalhando e servindo. E à medida que avances, caminho afora, entre a benção de compreender e o contentamento de ser útil, perceberás que todos os obstáculos e sombras de ontem se fizerem lições e experiências, enriquecendo-te o coração de segurança e de alegria para que sigas em paz, no rumo de conquistas imperecíveis, ante o novo amanhecer.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A ESMOLA MAIOR


"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus”. João. (I João, 4:7.).

No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar.
Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida. 
No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para  com  as  faltas  do  companheiro;  na  renúncia  materna  do  coração  que  se  oculta, aprendendo  a  morrer  cada  dia,  para  que  a  paz  e  a  segurança  imperem  no  santuário doméstico; no homem reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe tributos  de  aflição;  nos  filhos  laboriosos  e  afáveis  que  procuram  retribuir  em  ternura incessante  para  com  os  pais  sofredores  as  dívidas  do  berço  que  todo  ouro  da  terra  não conseguiria jamais resgatar.
No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.
No  campo  social  é  a  desistência  da  pergunta  maliciosa;  a  abstenção  dos  pensamentos  indignos;  o  respeito  sincero  e  constante;  a  frase  amiga  e  generosa;  e  o  gesto  de compreensão que se exprime sem paga.
Na via pública é a gentileza que ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação de simpatia ainda mesmo que inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez  sem coragem de endereçar-nos qualquer apelo.
Acima  de  tudo,  lembra-te  da  esmola  maior  de  todas,  da  esmola  santa  que  pacifica  o ambiente em que o Senhor  situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos  o ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido, porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará desfalecer  de  angústia  nos  cárceres  das  provações  terrenas,  de  vez  que  a  fraternidade estará reinando conosco na exaltação da perfeita alegria.

Emmanuel, Ceifa de Luz, Psicografado por F. C. Xavier

domingo, 12 de setembro de 2010

Esperança

Na esfera da angústia, assolado por temores de todos os lados, borbulhando na devassada mente, o Espírito perdido se torna infiel a si mesmo.

Deprava-se a mulher: sofrem as crianças, os maridos, os pais;
Surrupiam os homens: sofrem os idosos, os internados, os órfãos;
Agem os violentos: sofrem os jovens, os mansos, os honestos;
Negligenciam os egoístas: sofrem os pobres, os exilados, os trabalhadores.

No torvelhinho de um ato impensado, de anos impensados, de séculos impensados, surge o desgosto pela vida...

Com o raio solar, porém, nasce a Esperança:
O calor do Sol afrouxa os nós;
O raio de Sol clareia os fios enegrecidos;
A presença do Sol expande...

Não para se ser perfeito,
Mas para se conseguir viver, mesmo angustiado.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vadir J. C. Dias - A Voluntária do Amor - Parte I

Prezados,

É com grande felicidade que difundimos esta notícia. Tantos são os exemplos de vida e em nossa vida de atitudes egoístas, egóicas e vaidosas de nossa parte e da parte outrem, não?
Entretanto, sempre há luzes no Caminho, seres queridos vindos à Terra para mostrar uma forma diferente de ser, de se existir. Mostrando que a máxima "mais vale dar que receber" não é letra morta e carrega todo o significado quando sentida internamente.
Com essas palavras é que trago a vocês uma homenagem àquela que viveu na humildade, em trabalho ativo e perseverante em prol de nossos irmãos menos afortunados, trazendo sob égide o amor ao próximo, a união pelo trabalho com Jesus.
Vandir Dias, este era o seu nome, em sua última estada na Terra, a Voluntária do Amor, que trouxe tanto alento às famílias pobres de Campinas e tenha certeza que, mesmo em outras esferas de ação, ainda continua a fazê-lo.

Neste último domingo, ela, que já havia recebido o título de Dama da Caridade, em Campinas, recebe uma nova homenagem com uma nova "Nave Mãe" tendo sido batizada com seu nome. E, como não podia, particularmente, deixar de prestar minha homenagem pessoal, deixo em meu blog pessoal (Pétalas d'Aurora) e no blog do Núcleo Espírita Universitário da Unicamp, um texto e um vídeo (gravado pela EPTV - rede Globo local) sobre a história deste ser tão perseverante no trabalho em prol de nossos "pequeninos" do Movimento Assitencial Espírita Maria Rosa.
Pessoal, vale a pena ler/ver e difundir.

[Pétalas d'Aurora]  http://www.petalasdaurora.blogspot.com
[NEUUnicamp] http://www.neuunicamp.blogspot.com

Abaixo segue a compilação de uma carta da prefeitura de Campinas e de um Documento da mesma acerca da nova Nave Mãe construída no Parque Novo Mundo.

___Carta a André Luiz Dias (filho de Vandir)___

"Prezado Senhor:

Na qualidade de Prefeito Municipal de Campinas, tenho a imensa satisfação de convidar V. Sra. e seus familiares a participarem da solenidade de inauguração da Nave-mãe do bairro Parque Novo Mundo, em nossa cidade, a qual recebe o nome de sua genitora, a ilustríssima Senhora Vandir J. da Costa Dias, em justa homenagem que lhe presta o Município de Campinas pelo muito que ela dedicou à sua população carente. A inauguração se dará às 9 horas do dia 15 de agosto.
Para Dimensionar a honra que nos dá esta homenagem, esclareço que a Nave-mãe é uma creche pioneira, com capacidade para 500 crianças, dentro de um projeto arquitetônico e pedagógico revolucionário e inovador, com a qual Campins projeta para todo o Brasil novos parâmetros para a Educação Infantil. Com as Naves-mãe, oferecemos um sólido aprendizado a crianças carentes por meio da Pedagogia dos Sentidos, apreendendo elas, em tenra idade, noções de ciências, de matemática e de meio ambiente, preparando-as para um futuro promissor.
Desta forma, não há nome melhor, neste momento, que o da senhora Vandir J. Dias, em razão da dimensão e alcance de seu trabalho social, cujos resultados permanecem vivos na memória da população campineira.

Atenciosamente,

Dr. Hélio de Oliveira Santos
Prefeito Municipal de Campinas

Endereço da Nave-mãe Vandir J. Dias: Rua Tenente Moacyr Brilhante, s/n
Parque Novo Mundo - Região Noroeste de Campinas-SP

Endereço do Congresso Internacional de Pedagogia dos Sentidos:
Centro de Convivência Cultural de Campinas
Praça Imprensa Fluminense s/n - bairro Cambuí - Campinas-SP

Vandir Dias - A Voluntária do Amor

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As crianças deram conta de espalhar a notícia da mulher que distribuía sopa

E os amigos foram chegando cada vez em maior número naquele pedaço do bairro do Taquaral conhecido como Grameiro, local tomado por barracos de madeira cobertos de folhas de zinco, de onde escapuliam os freqüentadores da casa que se transformaria no Movimento Assistencial Espírita Maria Rosa, o MAE

A Sopa do Grameiro, preparada por Vandir Dias, a mulher da sopa, e pelos amigos, é conhecida até hoje pelo nome que lhe deu fama junto às crianças do bairro, 35 anos depois da fundação

Aquele Taquaral, que mais tarde ganharia elegância, era habitado por famílias pobres que se valiam da lagoa principalmente para lavar roupas

Alguns filhos dessas famílias um dia passaram pela casa de Vandir Dias, no Bairro Guanabara, pouco acima do Grameiro, à procura de comida

A dona da casa preparou uma sopa para as crianças

No dia seguinte, vieram outras e depois mais outras

E durante cinco anos, semanalmente, Vandir e voluntários cumpriram o ritual de servir a sopa para as crianças que os procuravam

Até que ela conseguiu recursos para erguer uma casa no local em que moravam as crianças, no Grameiro

Foi assim que surgiu o MAE Maria Rosa, a Sopa do Grameiro, em março de 1969, organização que chegou a servir 2 mil pratos por dia nos anos que se seguiram à sua fundação, segundo o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Carvalho Dias, viúvo de Vandir e vice-presidente da instituição

Expansão Aquela que foi a primeira sede do MAE, de acordo com Carlos Dias, ocupava três terrenos adquiridos pela entidade

No primeiro, logicamente, foi construído o galpão da sopa, além de sanitários, cozinha e despensa

O outro terreno abrigou o centro espírita e a casa do zelador

No terceiro, ficaram os ambulatórios médicos e odontológicos

A obra, diz o viúvo da fundadora, só seria concluída em 1973 com o aproveitamento de material de demolição de uma residência desapropriada pela Prefeitura para a construção da Via Expressa Aquidabã

No Grameiro, além da sopa, o Movimento Assistencial dava assistência médica e odontológica, reforço escolar, atendimento à gestante, noções de higiene para as crianças, doava enxovais, roupas, calçados e brinquedos

Em 1975, o Grameiro foi urbanizado e se transformou no Parque Taquaral

À medida que o Taquaral foi se tornando rico, aquelas famílias começaram a deixar o bairro e se mudaram, principalmente para a região às margens da rodovia D

Pedro I – bairros Santa Mônica, São Marcos, Amarais e Jardim Campineiro

Com as mudanças no Grameiro, o MAE organizou, de 1975 a 1978

a Caravana Batuíra, que distribuía 4 mil pães por sábado na região onde seus usuários estavam morando – o nome Batuíra, de acordo com o vice-presidente da entidade, era o apelido de um português que prestava assistência aos pobres em São Paulo no início do século passado

Novo endereço Mas aquela era a hora do MAE Maria Rosa também mudar de lugar, conta Carlos Dias

Quase dez anos depois da fundação, em agosto de 1978, o MAE se transferiu para o Jardim Campineiro, onde está até hoje

A antiga sede do Grameiro abriga hoje o centro espírita e algumas poucas oficinas do MAE, como os serviços de costura

A história de Vandir Justino da Costa Dias e dos trabalhos assistenciais que desenvolveu até o seu falecimento, em 17 de outubro de 1987, aos 54 anos, estão no livro Vandir Dias – Voluntária do Amor, escrito pela jornalista Vera Longuini

Desde que foi lançado, há um ano, o livro, com tiragem de 2 mil exemplares, já vendeu 1,6 mil unidades, e toda a renda foi revertida para o MAE Maria Rosa

‘Dama da Caridade’ é exemplo A imprensa campineira concedeu para Vandir Justino da Costa Dias o título de “A Dama da Caridade”, no final dos anos 80, pela sua dedicação às causas sociais

A Câmara Municipal de Campinas também a homenageou em uma placa de rua no Jardim Santa Terezinha (perto do Aeroporto de Viracopos)

Vandir nasceu em 27 de março de 1933 no arraial Chapada de Minas e morreu em Campinas, aos 54 anos de idade, em 17 de outubro de 1987

O trabalho iniciado por ela está ativo nas ações assistenciais promovidas pelo MAE Maria Rosa, mantenedor da Sopa do Grameiro e também em dezenas de outras entidades assistenciais criadas por seus voluntários

A mais recente entidade assistencial criada por um antigo colaborador de Vandir foi inaugurada em dezembro do ano passado em Jaguariúna e batizada de Entidade Assistencial Espírita Vandir Justino da Costa Dias

(CF/AAN) MAE Maria Rosa segue o caminho da pobreza Todos os dias, às 16h, o portão do Movimento Assistencial Espírita (MAE) Maria Rosa se abre para as crianças

É a hora da sopa, serviço que deu origem e fama à entidade, conhecida como Sopa do Grameiro

A sopa era oferecida primeiro no bairro do Taquaral, onde surgiu, em 1969, e depois passou a ser oferecida no Jardim Campineiro, para onde transferiu a maior parte de suas atividades, em 1978 – o nome Sopa do Grameiro é uma referência a uma região pobre do Parque Taquaral, hoje desaparecida, onde está instalada sua primeira unidade

No Jardim Campineiro são servidas diariamente as sopas para as famílias pobres dos bairros da região

Na unidade antiga, a principal oficina é a de confecção de roupas, que serve as 80 crianças cadastradas no Jardim Campineiro com roupas para o Inverno e para o Verão

E é a sopa a atividade que mais movimenta a casa, com 25 voluntários que se revezam nos dias da semana para atender às crianças

Outra atividade importante é a do leite, que envolve dois programas, um para 40 crianças, de seis meses a 2 anos, que recebem mensalmente quatro latas de leite em pó; e outro para 76 crianças, de seis meses a 6 anos, que recebem leite in natura diariamente

O programa do MAE Maria Rosa, segundo a assistente social Clair Moreira, se guia pelo Plantão Social, que determina a política de atuação da instituição – atendimento à população em situação de vulnerabilidade social

Entre as ações ali desenvolvidas, estão a assistência à gestante; geração de renda, com destaque à produção de pães; atendimento à terceira idade, e recreação infantil

Vandir Dias, a voluntária do amor A jornalista Vera Longuini resolveu escrever um livro sobre a vida de Vandir da Costa Dias, convencida pelo viúvo, Carlos Adalberto Carvalho Dias

Vandir, além de fundadora MAE, teve um desempenho importante na história das entidades assistenciais em Campinas

Para Carlos Dias, contar a vida de Vandir, cuja morte completa 17 anos neste mês, seria uma forma de incentivo para que outras pessoas se mirassem no exemplo desta mulher que passou grande parte da vida prestando assistência a crianças pobres de Campinas

Vera Longuini se debruçou então sobre a história de Vandir, que morreu em Campinas em 17 de outubro de 1987, vítima de câncer

“Talvez, no início, a idéia não fosse chegar a um livro como esse, de 200 páginas”, diz a jornalista

O livro, que demorou um ano para ser escrito, foi realizado a partir de pesquisas no MAE e de 40 entrevistas com voluntários da obra de Vandir Dias, conta

“O arquivo é muito rico em fotos, o que era raro na época”, comenta a autora

Além das fotos, Vera Longuini se valeu de documentos e recortes de jornal

“Aliás, muitas matérias são da jornalista Célia Siqueira Farjallat, que era repórter na época, além de amiga e grande colaboradora de Vandir”, diz

Célia Farjallat, cronista do Correio, foi a autora do prefácio do livro Vandir Dias – Voluntária do Amor, lançado no ano passado e com renda revertida para o MAE

“Não se pretende, em nenhum momento, santificar a imagem de Vandir da Costa Dias”, explica a jornalista

“O objetivo do livro é resgatar e difundir o exemplo de uma pessoa que soube aproveitar as oportunidades disponibilizadas pela vida para praticar o bem e dar exemplo do real sentido do que é responsabilidade social”, avalia

Para Vera Longuini, o livro, deve ser visto como uma grande reportagem, “uma reportagem para contar a história da Vandir, a história de uma pessoa comum que aproveitou as oportunidades que teve para ajudar os outros”

Para produzir a obra, Vera Longuini conta que Carlos Dias teve a idéia de vender vale-livros para arrecadar o dinheiro necessário para a impressão

“Assim, 400 voluntários, entre eles apenas quatro empresas, compraram um produto que não existia e garantiram a impressão inicial de 2 mil exemplares”, diz a jornalista

Até agora, já foram vendidos 1,6 mil volumes

Como não há editora ou livrarias no projeto, Vera Longuini explica que os exemplares são vendidos por voluntários e durante as palestras que são oferecidas às empresas sobre o tema responsabilidade social, além de serem oferecidos nos centros espíritas – os livros são vendidos em Campinas no MAE Maria Rosa, na banca Espírita do Largo do Rosário, no Centro da cidade, ou pelo telefone(19) 3236-9300

PERFIL Movimento Assistencial Espírita Maria Rosa – Sopa do Grameiro Fundação: 1969
HOMEPAGE: www.maemariarosa.org.br

Presidente: Ariel Padula Endereços: Rua Padre Manoel Bernardes, 1

200, Parque Taquaral, Campinas, SP

Telefone:(19) 3241-9777       Rua Vicente Palombo, 34, Jardim Campineiro, Campinas, SP

Telefone: (19) 3246-0894

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Causo de Gandhi

Em um dia, uma mulher, juntamente com seu filho, foi visitar Gandhi em sua singela moradia no interior da Índia. A mãe, reconhecendo em Gandhi a figura que lhe podia auxiliar os problemas, confessou-lhe:

-"Gandhi, por favor, ajude-me. Meu filho é criança ainda, esperto e saudável, mas estou com receio de que adoeça, pois que come muito açúcar".

Gandhi ouviu atenciosamente a mãe preocupada com seu querido filho e ficou a pensar em sua resposta. Após certo tempo, respondeu-lhe:

-"Minha senhora, por favor vá e retorne em dois meses para conversarmos novamente".

A mãe, um pouco desapontada com as palavras recebidas, chamou seu filho e juntos foram embora.
Após dois meses, a mãe e o filho retornaram à casa de Gandhi. Novamente, a mãe se aproximou daquele homem intrigante e lhe disse quem era. Prontamente Gandhi se lembrou da história e chamou o menino, dizendo-lhe:

-"Meu querido, você é jovem, tem uma longa vida pela frente. Por isso, deve cuidar de sua saúde e comer muito açúcar lhe será prejudicial. Controle a sua ingestão de açúcar, eu lhe peço".

O garoto, atento àquelas palavras, concordou com Gandhi e prometeu reduzir o açúcar de seu hábito alimentar.
Todavia, a mãe, desconfiada, perguntou ao sábio:

-"Mas Gandhi, se o senhor disse poucas palavras ao meu filho e rapidamente resolver o que havia lhe pedido, por qual razão me pediu para voltar dois meses depois?"

E Gandhi lhe respondeu:

-"Porque, minha cara, há dois meses eu também comia muito açúcar..."

Fonte: desconhecida

quarta-feira, 28 de julho de 2010

NA TRILHA DA FELICIDADE


Falas comumente da felicidade, qual se te referisses à deidade remota, quando esse filão de alegria se te localiza ante os pés.

Felicidade, porém, não é conquista fácil, prodígio de herança, episódio social ou bafejo da fortuna.
Somos convidados pela vida a criá-la em nós e por nós, como sucede com todas as nossas aquisições humanas.

Plantas o milharal e o milharal te responde ao carinho com o tesouro da colheita.
Instalas a usina, junto de forças determinadas da natureza, e essas forças da natureza te retribuem com vigorosos reservatórios de força.
No mesmo sentido, a felicidade atira as próprias sementes no caminho de todos, especialmente entre aqueles que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e, a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas de esperança e ventura, tranqüilidade e cooperação.

Aqui, o próximo em penúria te solicita singela fatia de reconforto; ali, se te pede ligeiro auxílio a favor de mães e crianças desamparadas; além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti alguns minutos de atenção e bondade, categorizados por eles à conta de apoio celeste; adiante, as vítimas das inquisições sociais esmolam-te simpatia e compreensão num olhar de ternura; mais adiante, os caídos em viciação e delinqüência suplicam-te apenas uma palavra de encorajamento e de paz que lhes dulcifique o coração; e, por toda a parte, amigos e adversários, muitas vezes, aguardam de ti uma frase só de entendimento e generosidade, fé e bênção, que os auxilie a caminhar.
Descerra a própria alma à influência do Cristo que jamais se segou a criar o bem nos outros e para os outros e, um dia, escutarás de espírito jubiloso, ao te despedires dos nossos irmãos da Terra:
- "Bendito sejas, coração amigo! O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste."

sábado, 24 de julho de 2010

DIVALDO FRANDO EM CAMPINAS

Divaldo Pereira Franco estará em Campinas no dia 04 de agosto para, como sempre, trazer-nos palavras de alento e alegria pautadas sob a égide de nossa querida doutrina Espírita.

Seguem abaixo os dados do evento:
Local: Via Appia Eventos
End.: Rod. D. Pedro I, km 122 (entrada Trevo Valinhos)
http://www.viaappiaeventos.com.br/
Horário: 20h00
Entrada Franca

Para informações:
(19) 3213-0809
(19) 3213-7856
Seara Espírita Joanna de Ângelis
R. Dr. João Keating, 107 - Botafogo, Campinas-SP

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Educação do ser humano (II)

A Ciência atual, de modo geral, se pauta na dissociação entre o subjetivo e o objetivo, ou seja, o pesquisador, na maioria das vezes, não pode deixar evidenciar o seu lado subjetivo, uma vez que a resolução de problemas, a formulação de teorias e a comprovação de hipóteses devem surgir da observação dos fatos. A subjetividade do pesquisador se concentra, então, no impulso pelo conhecimento, mas não no que ele assimila.

Desta forma, podemos perguntar novamente: como um fato externo a mim pode impulsionar uma criação educacional que se origina de minha intimidade subjetiva? (Vale ressaltar que a verdadeira educação nasce do interior do indivíduo, já que a “educação” não assimilada interiormente se torna obrigação, dever, imposição autoritária, sem questionamento; instrução).

C. G. Jung, psicólogo, por sua vez, nos traz o conceito de unus mundus: “tudo o que acontece, seja como for, acontece no mesmo único mundo e é parte deste”, o que no Espiritismo é denominado de Fluido Cósmico Universal (está no tudo que o espírito faz). A partir desse conceito, podemos entender a seguinte frase, da psicanalista M. L. Von Franz: “a psique e a matéria sejam um mesmo fenômeno observado respectivamente do interior e do exterior”. Portanto, todo o fato, em si mesmo, é derivado de uma lei da Natureza, ou seja, é um ato externo, objetivo, originado de uma subjetividade (interioridade, intimidade) da própria Natureza.

Assim, a Educação deveria ser pautada na pesquisa, se e somente se, toda pesquisa atribuísse importância maior à interioridade do fato e não unicamente, ou majoritariamente, na sua manifestação sensivelmente tangível, ou então, logicamente tangível, visto que a origem de todo fato é subjetiva (subjetividade da Natureza, divina). Poderíamos generalizar que todo processo educacional surge do exemplo daquele que educa, em qualquer método de educação. Ou seja, a partir de um conhecimento objetivo, o educador tem condições de recheá-lo com a sua subjetividade para então atingir a subjetividade de seu interlocutor, não apenas o instruindo, mas também o educando.

Para nós, por fim, Einstein está correto, já que o plano do fato analisado por ele é o plano objetivo, porém destituído de sua essência: o plano subjetivo. Torna-se necessário, então, conhecer e entender o caráter subjetivo dos fatos, para que então se assimile o valor divino existente nos mesmos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Educação do ser humano (I)

Já abordamos anteriormente a questão entre Instrução e Educação, de Rohden, explanando que a primeira se atenta às questões profissionais e a segunda na formação de valores humanos. Lembramos, então, de Einstein: "Do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores". Assim, para Einstein, pela instrução de Rohden não há formação de valor humano.

Pois bem, estava eu um dia em um congresso sobre Educação Médica e lá estavam, em uma determinada manhã, coordenadores do curso de medicina das principais universidades paulistas (UNICAMP, USP, UNESP e UNIFESP). O interesse era de explanar o currículo da graduação médica e evidenciar pontos positivos da "educação" desses centros universitários. Foi consenso, neste debate, que o processo "educacional" ocorre a partir da pesquisa universitária, ou seja, o ato de se pesquisar cientificamente permite ao aluno não apenas se formar melhor na teoria e na prática, mas também humanamente (com valores). Em uma apresentação, por fim, estava escrito; "A pesquisa como educação".

Aí, então, iniciaram-se as reflexões: como posso aprender a ser um ser humano em qualquer profissão com a pesquisa? posso ser educado pelo mundo dos fatos? ao saber o funcionamento dessa ou daquela droga, ao medir o metabolismo de ratos, desvendar leis matemáticas´, aprender o método científico, ou então na concentração de estudos históricos de povos antigos ou apreender a formação de uma sociedade, eu poderei ser um ser humano melhor?

Ganharei, assim, valores?

domingo, 30 de maio de 2010

O egoísmo

Tal é o egoísmo a maior das maiores chagas do espírito humano terreno, fundadora das demais e causadora de diversos sofrimentos ao homem individual e social. Desta forma, muito se fala no Espiritismo que deve ser expurgado afim da elevação espiritual humana. Todavia, o que é o egoísmo e por que ele nos faz mal?

Huberto Rohden nos diz que ego significa persona em latim, que por sua vez quer dizer máscara (per + sonare = falar através), útil ao indivíduo que necessita se expressar. Assim sendo, o espírito (indivíduo) apresenta uma máscara na qual vive determinada realidade, que para Rohden é mental-físico-emocional; a realidade periférica do ego. Uma vez que o espírito fora criado por Deus simples e ignorante, potencialmente e essencialmente divino (o Eu divino central), aprendeu ao longo da sua evolução a ser egoísta, a se personalizar e a viver a realidade mental-física-emocional, essencialmente material.

Se observarmos a realidade terrena, perceberemos que os demais seres vivos vivem incessantemente a vida egoísta, pautada em seu instinto materialista. E nós, como espíritos, possivelmente adquirimos tal persona principalmente na vida animal, quando nela estagiamos há algum tempo. Porém, quando adentramos ao mundo hominal, do ser humano racional e livre, percebemos que aquilo que nos manteve até então não nos faz bem por dificultar nossa relação com o outro, com a sociedade e com Deus (o ego é essencialmente individualista e narcisista). É quando a consciência espiritual desperta e deseja a ascensão divina, incompatível com desejos particulares, individualistas, materialistas. Como a persona não se comunica com o Eu-divino (mas ele sim se comunica com ela), acredita ser única e sozinha, por isso tenta se defender de tudo e de todos.

Conforme ensino dos espíritos, nós seres humanos, então conscientes, devemos nos libertar do jugo material que nos mantém na realidade física do ego. E o melhor caminho para esta reformulação é a Caridade (o devotamento sincero e amoroso para com o próximo). É interessante o poder que o próximo tem para a atrofia de nosso egoísmo, uma vez que ao servirmos ao próximo nos esquecemos de nós mesmos, o que representa o total abandono de um desejo de nosso próprio bem-estar. Servir ao próximo é, assim, a chave da consciência espiritual para desarticular a estrutura da persona, numa auto-redenção de desvinculação material e ascensão espiritual.

Essa auto-redenção, ou ascese espiritual, seria, portanto, transformar a nossa parte mental em uma razão espiritual; nossa ânsia pelo bem-estar físico pela harmonia espiritual em um corpo físico; e nossa parte emocional em profundo amor e respeito pela Vida, porque assim cultivaremos valores espirituais em detrimento da manutenção de impulsos do ego. Pode-se afirmar, assim, que com o ego superior ao Eu-divino, o Reino de Deus não nos estará acessível, uma vez que o primitivismo no ser humano não conseguirá acessá-lo. Somente pelo Eu-divino temos acesso a Deus, visto que é o próprio Pai dentro de nós.

Por fim, pode-se entender a essência da fala de Jesus: “Já não sou eu quem faz as obras, mas o Pai que vive em mim”, ou seja, o ego já não comanda as suas ações, já que o Pai, a essência divina existente em cada indivíduo, está se manifestando intensamente, utilizando o ego como utensílio, mas impulsionada pelo Amor divino.

Fonte:
- "O Livro dos Espíritos" (916 e 917)
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo" ( Cap. XI)
- "Educação do Homem integral" ( H. Rohden)
- "Novos Rumos para a Educação" (H. Rohden)

Oehlmeyer, G.

terça-feira, 11 de maio de 2010

NA CRUZ


"Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se." - (MATEUS, 27:42.)
 
Sim, ele redimira a muitos...
Estendera o amor e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos.
Entretanto, para ele mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...
Era o Príncipe da Paz e achava-se vencido pela guerra dos interesses inferiores.
Era o Salvador e não se salvava.
Era o Justo e padecia a suprema injustiça.
Jazia o Senhor flagelado e vencido.
Para o consenso humano era a extrema perda.
Caíra, todavia, na cruz.
Sangrando, mas de pé.
Supliciado, mas de braços abertos.
Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra.
Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor.
Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina. Pendera-lhe a fronte, em pastada de sangue, no madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim.
Convertia-se a derrota escura em vitória resplandecente. Cobria-se o lenho afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira.
Assim também ocorre no círculo de nossas vidas.
Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores.
Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.

Emmanuel, Fonte Viva. Psicografado por Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 29 de abril de 2010

[...]


Vivemos precisando, necessitamos vivendo...
Raros somos aqueles que oferecem e quando oferecemos, trazemos, muitas vezes, presentes de dor e tristeza, acabrunhamento, altivez...
Por quanto mais tempo olvidaremos que o único caminho excelso é o daquele que sabe doar com AMOR?

domingo, 25 de abril de 2010

Reverência

Acaba de nascer; é maravilhoso!
Com sua face rosada...
Com sua mão pequena...
Com seus olhos quase fechados...

Vem se aproximando; é lindo!
Preenchendo...
Amparando...
Completando...

Vem aí aquele ser;
Que modificará...
Que transformará...
Que iluminará...

Ai vem ele:

-Abramos alas ao Ser Humano!

sábado, 24 de abril de 2010

Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai

Estudo dO Evangelho Segundo o Espiritismo - 13/04
Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai
 
Muito já foi dito sobre os diferentes mundos que os espíritos podem habitar, e estes sem dúvida caracterizam as diversas moradas da casa do Pai.
Porém, neste estudo, acabamos levando as idéias para um outro lado, uma outra concepção dessas diferentes moradas.
Como dito no próprio Evangelho, "essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos na erraticidade". Dessa forma, aqueles que permanecem arraigados à escuridão de seus vícios, tendências, ficam presos a um estado que não os permite gozar das alegrias e bençãos das diversas moradas de nosso Criador. Já aqueles que buscam amenizar seu ego, aperfeiçoar atos e sentimentos, permitem-se elevar a outras esferas, podendo desfrutar de estados mais sublimes, mais plenos, outras moradas, enfim.
Porém Deus, em sua infinita misericórdia e justiça, nos permitiu a todos, independentemente do estado em que nos encontramos, habitar Sua grandiosa casa. Apegados a um estado infeliz ou extasiados com as maravilhas da criação, todos possuem seu cantinho na imensa casa do Criador.
E somente uma reflexão: se nos utilizamos dessas moradas para nossa evolução, ou seja, se usufruímos de um bem fornecido de forma tão caridosa por Deus para realizarmos um bem a nós mesmos, não temos então uma obrigação para com elas? Não devemos um cuidado, um esmero, como se fora nossa própria casa material, que limpamos, pintamos, arrumamos? Aí habita nosso comprometimento com o mundo de que nos utilizamos agora. Ele nos dá comida, água, ar, o solo, e será que o percebemos a cada dia que o utilizamos? Agradecemos a oportunidade de ter essa morada? Nos preocupamos com ela, cuidando para que não fique suja, doente, com danos ? Pedimos licença a cada manhã, para pisarmos esse solo que  nos mantém todos os dias?
Sim, é somente uma das moradas, em uma visão bem simplista, mas se não nos damos conta da casa mais simples que habitamos, como podemos almejar fazer das outras, mais elevadas, o nosso lar?
 
Aqui um haikai para ilustrar:
 
Queremos o céu
Perdemos o chão
Não há onde por a escada
 
Falcão, F.G.

domingo, 18 de abril de 2010

De pai para filho...


Olá Filhão,
A gratidão depende da consciência de cada um,
do nível evolutivo em que se encontra,
e da percepção de que amor não é um tipo de sentimento egoísta.
Desejo a você que ao longo de sua vida consiga desenvolver esse sentimento tão nobre.
Estou nessa luta, nem sempre consigo, mas já andei um bom pedaço.
Te amo
Paizão

domingo, 11 de abril de 2010

Injustiça na desencarnação

Perguntamo-nos geralmente se a desencarnação ocorreu na “hora certa”, observando um princípio de justiça divina. Será correto pensar assim?

Para entendermos melhor a questão da desencarnação, pensemos primeiramente na encarnação. Encarnamos para adquirir experiência na vida corpórea, expiando imperfeições e trabalhando em missões as mais diversas, concorrendo assim com a obra geral da criação e, desse modo, promovendo a própria evolução (LE 132). À exceção dos Espíritos Puros, que não erram, para os demais a necessidade de evolução é saciada através de provas (LE 166) – provas daquilo que aprendemos e nos propomos a realizar quando desencarnados, na erraticidade. Toda a expiação é uma prova de superação dos nossos próprios erros, enquanto as missões podem ou não se constituir em provas, dependendo da necessidade de testar ou não determinadas habilidades (quando se tratam de missões em que o espírito não tem a possibilidade de falhar em razão da perfectibilidade de suas habilidades, não há aí provação).
Quando desencarnamos retornamos à erraticidade, fazemos um balanço das nossas realizações na vida de encarnado e seguimos estudando para o nosso melhoramento, preparando-nos para uma futura encarnação. Em síntese, esse é o ciclo de encarnação e desencarnação até que não tenhamos mais a necessidade de encarnar.

Voltando então à questão inicial: existe uma “hora certa” para a desencarnação? Entendemos que, de certo modo, existe, já que planejamos a nossa reencarnação e para tanto um prazo para as nossas realizações na vida corpórea se faz necessário. Porém, eventualmente, é possível desencarnar antes do momento planejado? Parece-me que sim. Haveria problemas, em razão disso, com a justiça divina? Parece-me que não.

Examinemos as razões dessas afirmativas.

Se alguém, no seu livre-arbítrio, resolve disparar uma arma e a bala, acidentalmente, atinge outra pessoa, haveria predestinação nesse evento? Isto é, seria o momento planejado para a desencarnação daquele Espírito? Não, isto não seria correto, pois seria o mesmo que dizer que a providência divina contou com o erro de um Espírito para cumprir o seu propósito, não lhe permitindo a chance de escolher, mesmo que no último instante, a opção de não disparar a arma. Seria a abolição temporária do livre-arbítrio. Mesmo assim, esse tipo de desencarne é comum, até rotineiro, diríamos. O Espírito que assim desencarna, sofreria com isso injustiça, por sua encarnação ser abreviada? Acreditamos que, se não houvesse possibilidade de reparação por tal eventualidade, a injustiça seria clara. Entretanto, as portas da reparação ficam abertas, com possibilidades infinitas, já que o Espírito é imortal e deve evoluir no infinito do tempo. Uma injustiça sofrida na sua encarnação pode ser reparada – isto é, compensada - em futuras encarnações. Desencarnar antes do planejado não seria portanto, conforme esse raciocínio, uma derrogação das leis divinas.

Pensemos em comparação com outras injustiças sofridas na vida corpórea. Por exemplo, as multidões que sofrem de fome, não em razão da sua imprevidência, mas em razão de um sistema social injusto, concentrador de riquezas. Nesse caso, diferentemente do outro caso citado (do disparo), o Espírito reencarnante conhece com exatidão a situação pela qual vai passar. O seu livre-arbítrio, nos parece, é plenamente respeitado, pois é escolha sua reencarnar num ambiente de injustiça social. Mas, no caso do disparo, a situação não é tão diferente como à primeira vista possa parecer. Sabemos, ao escolher reencarnar, que a vida corpórea num mundo repleto de imperfeições está sujeita a diversos inconvenientes. Dentre eles, o inconveniente de desencarnar antes do momento planejado, em função de deslizes cometidos por outros Espíritos. Em suma, reencarnamos sempre cientes dos riscos da vida corpórea. E, conforme já argumentamos, se alguma injustiça sofrermos na vida corpórea, haverá sempre a possibilidade de compensações futuras.

Com isso, e retomando a reflexão sobre a encarnação, fica claro também que nem todo sofrimento que passamos é uma expiação por faltas cometidas anteriormente. Pode se tratar de conseqüência inerente a alguma missão escolhida, a exemplo do sofrimento experimentado por Jesus no martírio da cruz (isto é, Jesus opta pela missão de trazer a “Boa Nova”, sabendo que terá de passar por sofrimentos, mas não opta pelo sofrimento em si). E, entretanto, pode ser ainda que o sofrimento ocorra simplesmente por conseqüência do fato de optarmos por reencarnar num mundo sujeito às mais diversas vicissitudes, mesmo que não façamos a opção de passar exatamente por determinadas intempéries. Mas, todo sofrimento converte-se em experiência e, para nós, Espíritos Imperfeitos, serve ainda como provação – a de enfrentarmos com coragem as eventuais injustiças da vida corpórea, com firmeza e resignação quando não for possível alterar o curso dos injustos acontecimentos. Injustos, porque fruto de erros. Mas no plano amplo da vida, a justiça sempre reina e se faz reinar, pois temos sempre a chance de compensação por qualquer sofrimento indevido, mesmo aquele resultante de uma desencarnação não planejada (LE 738a e 738b).


Miguel, S. N.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Somos Bons?


Muitos poderiam dizer que se repetíssemos a nós mesmos que somos bons, isto seria uma imensa mostra de orgulho. Outros poderiam dizer que somos loucos posto que ninguém é perfeito neste mundo. Por certo, ninguém é perfeito neste mundo e considerar-se bom em detrimento às outras pessoas é uma imensa mostra de orgulho. No entanto, em exame consciencioso de nós mesmos sabemos que, se não somos de fato nem perfeitos nem completamente bons, não poderíamos também dizer de forma alguma que somos totalmente imperfeitos e nem completamente maus. Dizer a si mesmo que se é bom de forma alguma deve significar humilhação a outrem mas sim que, no silêncio de nossas almas, podemos valorizar o que de bom já possuímos, frutificando estes pensamentos e sentimentos a fim de faze-los uma ferramenta de auxílio aos demais seres viventes. Somos espíritos eternos passivos a modificações interiores que nos levarão a transformar-nos em luz e, por mais utópico hoje isso ainda possa parecer, acreditar em tal fato e cultivar tal intento repetindo a si mesmo que somos bons e que somos luz de forma alguma há de obstar nosso progresso mas sim, se ainda observarmos conscienciosamente o que ainda temos de melhorar, poderá nos dar força para continuar seguindo e nos afastar de qualquer processo de automenosprezo ou flagelação de si próprio. Se Jesus nos aconselha a amar ao próximo como a si mesmo, de certo ,parte da prerrogativa que devemos aprender a amar a nós mesmos para assim amar o nosso próximo. Portanto, que digamos a cada raiar do dia que somos bons, que nós somos luz e que nos repitamos isto incessantemente se nos for necessário até que nos convençamos que sim, apesar de todas as nossas dificuldades, somos seres cujo princípio, meio e “fim” se faz no amor e na luz.

Bergamini, FRG

Silêncio...


Como é engraçado como temos medo do silêncio,não?
Perdemos tempo em conversas ferinas e maledicentes olvidando que muitas vezes o silencio é o melhor instrumento para a correta análise das situações que nos advenham no dia-a-dia.
Abominamos momentos de solidão, qual se nos fosse imenso monstro a nossa espreita, não percebendo que a solidão muitas vezes se traduz como momento propício ao nosso reajuste e refazimento
Vivemos aturdidos por milhões de vozes, dentro e fora de nós, nos criticando, exaltando ou ferindo, incapazes de ver que a paz interior é o único meio de nos auferir segurança no caminho
Por certo, seres acostumados a seguir a turba ao sabor das situações no carro do tempo, não aprenderão de um átimo o sublime valor do silencio,necessário em certas ocasiões.
Mas como tudo se faz por exercício e habituação, proponhamo-nos à meditação, ao silencio e à prece, acostumando-nos a cultivar a paz interior garantindo um porvir sem grandes desajustes e não nos esqueçamos de que até mesmo o Mestre necessitava de momentos de soledade para cultivar comunhão mais íntima com o Pai celestial.

Bergamini, FRG

sábado, 3 de abril de 2010

Sem Amor

A música sem Amor é barulho;
A escultura sem Amor é molde;
O tecido sem Amor é remendo;
A poesia sem Amor é lisonja;
O texto sem Amor é rabisco;
O amor sem Amor é paixão;
O sorriso sem Amor é falsidade;
O pensar sem Amor é devaneio;
A vida, enfim, sem Amor é estéril;

Tudo o que eu fizer, senão com Amor e por Amor, nada mais será do que um ato sem sentido

Oehlmeyer, G.

quinta-feira, 11 de março de 2010

IMPORTANTE: Nosso Novo "Cantinho"

Devido às reformas nas salas do primeiro andar do Ciclo Básico II (PB), nossos estudos, ao menos durante o primeiro semestre de 2010 acontecerão em uma sala do segundo andar do mesmo prédio:

Local: PB17 (Ciclo Básico II)
Horário: 18h-19h
Dia: terças-feiras

Muita paz a todos

NEUUnicamp

domingo, 17 de janeiro de 2010

A RETRIBUIÇÃO



"Pedro disse-lhe: e nós que deixamos tudo e te seguimos que
receberemos?" - (MATEUS. 19:27)
.

A pergunta do apóstolo exprime a atitude de muitos corações nos templos religiosos.
Consagra-se o homem a determinado círculo de fé e clama, de imediato: - "Que receberei?"
A resposta, porém, se derrama silenciosa, através da própria vida.
Que recebe o grão maduro, após a colheita?
O triturador que o ajuda a purificar-se.
Que prêmio se reserva à farinha alva e nobre?
O fermento que a transforma para a utilidade geral.
Que privilégio caracteriza o pão, depois do forno?
A graça de servir.
Não se formam cristãos para adornos vivos do mundo e sim para a ação regeneradora e santificante da existência.
Outrora, os servidores da realeza humana recebiam o espólio dos vencidos e, com eles, se rodeavam de gratificações de natureza física, com as quais abreviavam a própria morte.
Em Cristo, contudo, o quadro é diverso.
Vencemos, em companhia dele, para nos fazermos irmãos de quantos nos partilham a experiência, guardando a obrigação de ampará-los e ser-lhes úteis.
Simão Pedro, que desejou saber qual lhe seria a recompensa pela adesão à Boa Nova, viu, de perto, a necessidade da renúncia. Quanto mais se lhe acendrou a fé, maiores testemunhos de amor à Humanidade lhe foram requeridos. Quanto mais conhecimento adquiriu, a mais ampla caridade foi constrangido, até o sacrifício extremo.
Se deixaste, pois, por devoção a Jesus, os laços que te prendiam às zonas inferiores da vida, recorda que, por felicidade tua, recebeste do Céu a honra de ajudar, a prerrogativa de entender e a glória de servir.

Emmanuel; Fonte Viva; Xavier, F. C.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um "pedacinho do NEUUnicamp"


Era mais um dia de Dezembro...
E lá estavamos nós, alguns de nós...:
Devido ao final de semestre, aqueles que não tinham incumbências com a pós-graduação, iniciação científica ou algo semelhante, já havia retornado às suas casas, às suas cidades.
Mas um pedacinho do NEUU ainda estava ali, no ultimo dia daquele semestre...
A confraternização foi simples...: realizamos nosso estudo como de costume...; cantamos "Noite Feliz" afinal, já era quase Natal, tinhamos que nos lembrar dAquele que veio a nos trazer a Boa-Nova da paz, das Bem-Aventuranças, do Amor ao próximo...

Aqueles que não seguiriam à casa do Renato para comer pizza, acabaram degustando o bolo de fubá da Fer por ali mesmo... Mas o Rapha não! Queria com brigadeiro como cobertura...! ^^

Mais um dia...

Mais um dia de carinho e amizade... de renovação... nós e nosso cantinho... quase nosso refúgio...
onde podemos talvez mais do que em outros lugares, mais do que quaiquer outras pessoas, expressar nossos sentimentos, construir algo, realizar algo, sermos diferentes...
Aprendendo a vivermos em paz por dentro, para levar "lá para fora" a paz haurida naqueles poucos minutos...

Nós, nosso cantinho... nossos amigos... a fraternidade... Amigos!

Acho que isso basta... nesse mundo de tanta coisa que não vale nem à pena comentar, contar ou fomentar... acho que isso basta: amor... fraternidade... amigos

Muita paz a todos!

Fer