quinta-feira, 29 de abril de 2010

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Vivemos precisando, necessitamos vivendo...
Raros somos aqueles que oferecem e quando oferecemos, trazemos, muitas vezes, presentes de dor e tristeza, acabrunhamento, altivez...
Por quanto mais tempo olvidaremos que o único caminho excelso é o daquele que sabe doar com AMOR?

domingo, 25 de abril de 2010

Reverência

Acaba de nascer; é maravilhoso!
Com sua face rosada...
Com sua mão pequena...
Com seus olhos quase fechados...

Vem se aproximando; é lindo!
Preenchendo...
Amparando...
Completando...

Vem aí aquele ser;
Que modificará...
Que transformará...
Que iluminará...

Ai vem ele:

-Abramos alas ao Ser Humano!

sábado, 24 de abril de 2010

Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai

Estudo dO Evangelho Segundo o Espiritismo - 13/04
Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai
 
Muito já foi dito sobre os diferentes mundos que os espíritos podem habitar, e estes sem dúvida caracterizam as diversas moradas da casa do Pai.
Porém, neste estudo, acabamos levando as idéias para um outro lado, uma outra concepção dessas diferentes moradas.
Como dito no próprio Evangelho, "essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos na erraticidade". Dessa forma, aqueles que permanecem arraigados à escuridão de seus vícios, tendências, ficam presos a um estado que não os permite gozar das alegrias e bençãos das diversas moradas de nosso Criador. Já aqueles que buscam amenizar seu ego, aperfeiçoar atos e sentimentos, permitem-se elevar a outras esferas, podendo desfrutar de estados mais sublimes, mais plenos, outras moradas, enfim.
Porém Deus, em sua infinita misericórdia e justiça, nos permitiu a todos, independentemente do estado em que nos encontramos, habitar Sua grandiosa casa. Apegados a um estado infeliz ou extasiados com as maravilhas da criação, todos possuem seu cantinho na imensa casa do Criador.
E somente uma reflexão: se nos utilizamos dessas moradas para nossa evolução, ou seja, se usufruímos de um bem fornecido de forma tão caridosa por Deus para realizarmos um bem a nós mesmos, não temos então uma obrigação para com elas? Não devemos um cuidado, um esmero, como se fora nossa própria casa material, que limpamos, pintamos, arrumamos? Aí habita nosso comprometimento com o mundo de que nos utilizamos agora. Ele nos dá comida, água, ar, o solo, e será que o percebemos a cada dia que o utilizamos? Agradecemos a oportunidade de ter essa morada? Nos preocupamos com ela, cuidando para que não fique suja, doente, com danos ? Pedimos licença a cada manhã, para pisarmos esse solo que  nos mantém todos os dias?
Sim, é somente uma das moradas, em uma visão bem simplista, mas se não nos damos conta da casa mais simples que habitamos, como podemos almejar fazer das outras, mais elevadas, o nosso lar?
 
Aqui um haikai para ilustrar:
 
Queremos o céu
Perdemos o chão
Não há onde por a escada
 
Falcão, F.G.

domingo, 18 de abril de 2010

De pai para filho...


Olá Filhão,
A gratidão depende da consciência de cada um,
do nível evolutivo em que se encontra,
e da percepção de que amor não é um tipo de sentimento egoísta.
Desejo a você que ao longo de sua vida consiga desenvolver esse sentimento tão nobre.
Estou nessa luta, nem sempre consigo, mas já andei um bom pedaço.
Te amo
Paizão

domingo, 11 de abril de 2010

Injustiça na desencarnação

Perguntamo-nos geralmente se a desencarnação ocorreu na “hora certa”, observando um princípio de justiça divina. Será correto pensar assim?

Para entendermos melhor a questão da desencarnação, pensemos primeiramente na encarnação. Encarnamos para adquirir experiência na vida corpórea, expiando imperfeições e trabalhando em missões as mais diversas, concorrendo assim com a obra geral da criação e, desse modo, promovendo a própria evolução (LE 132). À exceção dos Espíritos Puros, que não erram, para os demais a necessidade de evolução é saciada através de provas (LE 166) – provas daquilo que aprendemos e nos propomos a realizar quando desencarnados, na erraticidade. Toda a expiação é uma prova de superação dos nossos próprios erros, enquanto as missões podem ou não se constituir em provas, dependendo da necessidade de testar ou não determinadas habilidades (quando se tratam de missões em que o espírito não tem a possibilidade de falhar em razão da perfectibilidade de suas habilidades, não há aí provação).
Quando desencarnamos retornamos à erraticidade, fazemos um balanço das nossas realizações na vida de encarnado e seguimos estudando para o nosso melhoramento, preparando-nos para uma futura encarnação. Em síntese, esse é o ciclo de encarnação e desencarnação até que não tenhamos mais a necessidade de encarnar.

Voltando então à questão inicial: existe uma “hora certa” para a desencarnação? Entendemos que, de certo modo, existe, já que planejamos a nossa reencarnação e para tanto um prazo para as nossas realizações na vida corpórea se faz necessário. Porém, eventualmente, é possível desencarnar antes do momento planejado? Parece-me que sim. Haveria problemas, em razão disso, com a justiça divina? Parece-me que não.

Examinemos as razões dessas afirmativas.

Se alguém, no seu livre-arbítrio, resolve disparar uma arma e a bala, acidentalmente, atinge outra pessoa, haveria predestinação nesse evento? Isto é, seria o momento planejado para a desencarnação daquele Espírito? Não, isto não seria correto, pois seria o mesmo que dizer que a providência divina contou com o erro de um Espírito para cumprir o seu propósito, não lhe permitindo a chance de escolher, mesmo que no último instante, a opção de não disparar a arma. Seria a abolição temporária do livre-arbítrio. Mesmo assim, esse tipo de desencarne é comum, até rotineiro, diríamos. O Espírito que assim desencarna, sofreria com isso injustiça, por sua encarnação ser abreviada? Acreditamos que, se não houvesse possibilidade de reparação por tal eventualidade, a injustiça seria clara. Entretanto, as portas da reparação ficam abertas, com possibilidades infinitas, já que o Espírito é imortal e deve evoluir no infinito do tempo. Uma injustiça sofrida na sua encarnação pode ser reparada – isto é, compensada - em futuras encarnações. Desencarnar antes do planejado não seria portanto, conforme esse raciocínio, uma derrogação das leis divinas.

Pensemos em comparação com outras injustiças sofridas na vida corpórea. Por exemplo, as multidões que sofrem de fome, não em razão da sua imprevidência, mas em razão de um sistema social injusto, concentrador de riquezas. Nesse caso, diferentemente do outro caso citado (do disparo), o Espírito reencarnante conhece com exatidão a situação pela qual vai passar. O seu livre-arbítrio, nos parece, é plenamente respeitado, pois é escolha sua reencarnar num ambiente de injustiça social. Mas, no caso do disparo, a situação não é tão diferente como à primeira vista possa parecer. Sabemos, ao escolher reencarnar, que a vida corpórea num mundo repleto de imperfeições está sujeita a diversos inconvenientes. Dentre eles, o inconveniente de desencarnar antes do momento planejado, em função de deslizes cometidos por outros Espíritos. Em suma, reencarnamos sempre cientes dos riscos da vida corpórea. E, conforme já argumentamos, se alguma injustiça sofrermos na vida corpórea, haverá sempre a possibilidade de compensações futuras.

Com isso, e retomando a reflexão sobre a encarnação, fica claro também que nem todo sofrimento que passamos é uma expiação por faltas cometidas anteriormente. Pode se tratar de conseqüência inerente a alguma missão escolhida, a exemplo do sofrimento experimentado por Jesus no martírio da cruz (isto é, Jesus opta pela missão de trazer a “Boa Nova”, sabendo que terá de passar por sofrimentos, mas não opta pelo sofrimento em si). E, entretanto, pode ser ainda que o sofrimento ocorra simplesmente por conseqüência do fato de optarmos por reencarnar num mundo sujeito às mais diversas vicissitudes, mesmo que não façamos a opção de passar exatamente por determinadas intempéries. Mas, todo sofrimento converte-se em experiência e, para nós, Espíritos Imperfeitos, serve ainda como provação – a de enfrentarmos com coragem as eventuais injustiças da vida corpórea, com firmeza e resignação quando não for possível alterar o curso dos injustos acontecimentos. Injustos, porque fruto de erros. Mas no plano amplo da vida, a justiça sempre reina e se faz reinar, pois temos sempre a chance de compensação por qualquer sofrimento indevido, mesmo aquele resultante de uma desencarnação não planejada (LE 738a e 738b).


Miguel, S. N.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Somos Bons?


Muitos poderiam dizer que se repetíssemos a nós mesmos que somos bons, isto seria uma imensa mostra de orgulho. Outros poderiam dizer que somos loucos posto que ninguém é perfeito neste mundo. Por certo, ninguém é perfeito neste mundo e considerar-se bom em detrimento às outras pessoas é uma imensa mostra de orgulho. No entanto, em exame consciencioso de nós mesmos sabemos que, se não somos de fato nem perfeitos nem completamente bons, não poderíamos também dizer de forma alguma que somos totalmente imperfeitos e nem completamente maus. Dizer a si mesmo que se é bom de forma alguma deve significar humilhação a outrem mas sim que, no silêncio de nossas almas, podemos valorizar o que de bom já possuímos, frutificando estes pensamentos e sentimentos a fim de faze-los uma ferramenta de auxílio aos demais seres viventes. Somos espíritos eternos passivos a modificações interiores que nos levarão a transformar-nos em luz e, por mais utópico hoje isso ainda possa parecer, acreditar em tal fato e cultivar tal intento repetindo a si mesmo que somos bons e que somos luz de forma alguma há de obstar nosso progresso mas sim, se ainda observarmos conscienciosamente o que ainda temos de melhorar, poderá nos dar força para continuar seguindo e nos afastar de qualquer processo de automenosprezo ou flagelação de si próprio. Se Jesus nos aconselha a amar ao próximo como a si mesmo, de certo ,parte da prerrogativa que devemos aprender a amar a nós mesmos para assim amar o nosso próximo. Portanto, que digamos a cada raiar do dia que somos bons, que nós somos luz e que nos repitamos isto incessantemente se nos for necessário até que nos convençamos que sim, apesar de todas as nossas dificuldades, somos seres cujo princípio, meio e “fim” se faz no amor e na luz.

Bergamini, FRG

Silêncio...


Como é engraçado como temos medo do silêncio,não?
Perdemos tempo em conversas ferinas e maledicentes olvidando que muitas vezes o silencio é o melhor instrumento para a correta análise das situações que nos advenham no dia-a-dia.
Abominamos momentos de solidão, qual se nos fosse imenso monstro a nossa espreita, não percebendo que a solidão muitas vezes se traduz como momento propício ao nosso reajuste e refazimento
Vivemos aturdidos por milhões de vozes, dentro e fora de nós, nos criticando, exaltando ou ferindo, incapazes de ver que a paz interior é o único meio de nos auferir segurança no caminho
Por certo, seres acostumados a seguir a turba ao sabor das situações no carro do tempo, não aprenderão de um átimo o sublime valor do silencio,necessário em certas ocasiões.
Mas como tudo se faz por exercício e habituação, proponhamo-nos à meditação, ao silencio e à prece, acostumando-nos a cultivar a paz interior garantindo um porvir sem grandes desajustes e não nos esqueçamos de que até mesmo o Mestre necessitava de momentos de soledade para cultivar comunhão mais íntima com o Pai celestial.

Bergamini, FRG

sábado, 3 de abril de 2010

Sem Amor

A música sem Amor é barulho;
A escultura sem Amor é molde;
O tecido sem Amor é remendo;
A poesia sem Amor é lisonja;
O texto sem Amor é rabisco;
O amor sem Amor é paixão;
O sorriso sem Amor é falsidade;
O pensar sem Amor é devaneio;
A vida, enfim, sem Amor é estéril;

Tudo o que eu fizer, senão com Amor e por Amor, nada mais será do que um ato sem sentido

Oehlmeyer, G.