quarta-feira, 28 de julho de 2010

NA TRILHA DA FELICIDADE


Falas comumente da felicidade, qual se te referisses à deidade remota, quando esse filão de alegria se te localiza ante os pés.

Felicidade, porém, não é conquista fácil, prodígio de herança, episódio social ou bafejo da fortuna.
Somos convidados pela vida a criá-la em nós e por nós, como sucede com todas as nossas aquisições humanas.

Plantas o milharal e o milharal te responde ao carinho com o tesouro da colheita.
Instalas a usina, junto de forças determinadas da natureza, e essas forças da natureza te retribuem com vigorosos reservatórios de força.
No mesmo sentido, a felicidade atira as próprias sementes no caminho de todos, especialmente entre aqueles que jazem atormentados por desenganos e lágrimas e, a breve tempo, ei-la que te oferta messes valiosas de esperança e ventura, tranqüilidade e cooperação.

Aqui, o próximo em penúria te solicita singela fatia de reconforto; ali, se te pede ligeiro auxílio a favor de mães e crianças desamparadas; além, irmãos enfermos em desvalia esperam de ti alguns minutos de atenção e bondade, categorizados por eles à conta de apoio celeste; adiante, as vítimas das inquisições sociais esmolam-te simpatia e compreensão num olhar de ternura; mais adiante, os caídos em viciação e delinqüência suplicam-te apenas uma palavra de encorajamento e de paz que lhes dulcifique o coração; e, por toda a parte, amigos e adversários, muitas vezes, aguardam de ti uma frase só de entendimento e generosidade, fé e bênção, que os auxilie a caminhar.
Descerra a própria alma à influência do Cristo que jamais se segou a criar o bem nos outros e para os outros e, um dia, escutarás de espírito jubiloso, ao te despedires dos nossos irmãos da Terra:
- "Bendito sejas, coração amigo! O mundo ficou melhor e mais feliz porque viveste."

sábado, 24 de julho de 2010

DIVALDO FRANDO EM CAMPINAS

Divaldo Pereira Franco estará em Campinas no dia 04 de agosto para, como sempre, trazer-nos palavras de alento e alegria pautadas sob a égide de nossa querida doutrina Espírita.

Seguem abaixo os dados do evento:
Local: Via Appia Eventos
End.: Rod. D. Pedro I, km 122 (entrada Trevo Valinhos)
http://www.viaappiaeventos.com.br/
Horário: 20h00
Entrada Franca

Para informações:
(19) 3213-0809
(19) 3213-7856
Seara Espírita Joanna de Ângelis
R. Dr. João Keating, 107 - Botafogo, Campinas-SP

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Educação do ser humano (II)

A Ciência atual, de modo geral, se pauta na dissociação entre o subjetivo e o objetivo, ou seja, o pesquisador, na maioria das vezes, não pode deixar evidenciar o seu lado subjetivo, uma vez que a resolução de problemas, a formulação de teorias e a comprovação de hipóteses devem surgir da observação dos fatos. A subjetividade do pesquisador se concentra, então, no impulso pelo conhecimento, mas não no que ele assimila.

Desta forma, podemos perguntar novamente: como um fato externo a mim pode impulsionar uma criação educacional que se origina de minha intimidade subjetiva? (Vale ressaltar que a verdadeira educação nasce do interior do indivíduo, já que a “educação” não assimilada interiormente se torna obrigação, dever, imposição autoritária, sem questionamento; instrução).

C. G. Jung, psicólogo, por sua vez, nos traz o conceito de unus mundus: “tudo o que acontece, seja como for, acontece no mesmo único mundo e é parte deste”, o que no Espiritismo é denominado de Fluido Cósmico Universal (está no tudo que o espírito faz). A partir desse conceito, podemos entender a seguinte frase, da psicanalista M. L. Von Franz: “a psique e a matéria sejam um mesmo fenômeno observado respectivamente do interior e do exterior”. Portanto, todo o fato, em si mesmo, é derivado de uma lei da Natureza, ou seja, é um ato externo, objetivo, originado de uma subjetividade (interioridade, intimidade) da própria Natureza.

Assim, a Educação deveria ser pautada na pesquisa, se e somente se, toda pesquisa atribuísse importância maior à interioridade do fato e não unicamente, ou majoritariamente, na sua manifestação sensivelmente tangível, ou então, logicamente tangível, visto que a origem de todo fato é subjetiva (subjetividade da Natureza, divina). Poderíamos generalizar que todo processo educacional surge do exemplo daquele que educa, em qualquer método de educação. Ou seja, a partir de um conhecimento objetivo, o educador tem condições de recheá-lo com a sua subjetividade para então atingir a subjetividade de seu interlocutor, não apenas o instruindo, mas também o educando.

Para nós, por fim, Einstein está correto, já que o plano do fato analisado por ele é o plano objetivo, porém destituído de sua essência: o plano subjetivo. Torna-se necessário, então, conhecer e entender o caráter subjetivo dos fatos, para que então se assimile o valor divino existente nos mesmos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Educação do ser humano (I)

Já abordamos anteriormente a questão entre Instrução e Educação, de Rohden, explanando que a primeira se atenta às questões profissionais e a segunda na formação de valores humanos. Lembramos, então, de Einstein: "Do mundo dos fatos não conduz nenhum caminho para o mundo dos valores". Assim, para Einstein, pela instrução de Rohden não há formação de valor humano.

Pois bem, estava eu um dia em um congresso sobre Educação Médica e lá estavam, em uma determinada manhã, coordenadores do curso de medicina das principais universidades paulistas (UNICAMP, USP, UNESP e UNIFESP). O interesse era de explanar o currículo da graduação médica e evidenciar pontos positivos da "educação" desses centros universitários. Foi consenso, neste debate, que o processo "educacional" ocorre a partir da pesquisa universitária, ou seja, o ato de se pesquisar cientificamente permite ao aluno não apenas se formar melhor na teoria e na prática, mas também humanamente (com valores). Em uma apresentação, por fim, estava escrito; "A pesquisa como educação".

Aí, então, iniciaram-se as reflexões: como posso aprender a ser um ser humano em qualquer profissão com a pesquisa? posso ser educado pelo mundo dos fatos? ao saber o funcionamento dessa ou daquela droga, ao medir o metabolismo de ratos, desvendar leis matemáticas´, aprender o método científico, ou então na concentração de estudos históricos de povos antigos ou apreender a formação de uma sociedade, eu poderei ser um ser humano melhor?

Ganharei, assim, valores?