domingo, 6 de maio de 2012

FÉ INOPERANTE



“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” - (TIAGO,2:17.)

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza,  que  o  ideal  mais  nobre,  sem  trabalho  que  o  materialize,  a 
benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva. 
Que  diremos  de  um  motor  precioso  do  qual  ninguém  se  utiliza?  de uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo? de uma luz que não se irradie? 
Confiaremos  com  segurança  em  determinada  semente,  todavia,  se não  a  plantamos,  em  que  redundará  nossa  expectativa,  senão  em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração. 
A crença religiosa é o meio. 
O apostolado é o fim. 
A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda,  improvisando,  por  toda  parte,  bênçãos  de  paz  e  alegria, engrandecimento e sublimação. 
Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando  o  amadurecimento  preciso  para  a  vida  superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum. 
A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de 
Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver. 
Guardar, pois, o êxtase religioso no coração! sem qualquer atividade nas   obras   de   desenvolvimento   da   sabedoria   e   do   amor, consubstanciados  no  serviço  da  caridade  e  da  educação,  será conservar  na  terra  viva  do  sentimento  um  ídolo  morto,  sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes. 

Emmanuel
Fonte Viva
Psicografado por Francisco C. Xavier