domingo, 12 de setembro de 2010

Esperança

Na esfera da angústia, assolado por temores de todos os lados, borbulhando na devassada mente, o Espírito perdido se torna infiel a si mesmo.

Deprava-se a mulher: sofrem as crianças, os maridos, os pais;
Surrupiam os homens: sofrem os idosos, os internados, os órfãos;
Agem os violentos: sofrem os jovens, os mansos, os honestos;
Negligenciam os egoístas: sofrem os pobres, os exilados, os trabalhadores.

No torvelhinho de um ato impensado, de anos impensados, de séculos impensados, surge o desgosto pela vida...

Com o raio solar, porém, nasce a Esperança:
O calor do Sol afrouxa os nós;
O raio de Sol clareia os fios enegrecidos;
A presença do Sol expande...

Não para se ser perfeito,
Mas para se conseguir viver, mesmo angustiado.