terça-feira, 8 de setembro de 2009

CONQUISTA DA COMPAIXÃO




"Exercita-te pessoalmente na piedade.”- Paulo (I Timóteo, 4:7.)


Não se conhece Nenhuma conquista que chegasse ao espírito sem apoio na prática. Um grande intérprete da música não se manteria nessa definição, sem longos exercícios com base na disciplina. Um campeão nas lides esportivas não consegue destacar-se simplesmente sonhando com vitórias. Nos dons espirituais, os princípios que nos regem as aquisições são os mesmos. Se quisermos que a piedade nos ilumine, é imperioso exercitar a compreensão.
E
compreensão não vem a nós sem que façamos esforço para isso. Aceitemos, assim, as nossas dificuldades por ocasiões preciosas de ensino, sobretudo, no relacionamento uns com os outros. Nesse sentido, os que nos contrariam se nos mostram como sendo os melhores instrutores. Se alguém comete uma falta, reflitamos na doença mental que lhe terá ditado o comportamento. Se um amigo nos abandona, imaginemos quanto haverá sofrido no processo de incompreensão que o levou a se afastar. Pensa na insatisfação enfermiça dos que se fazem perseguidores ou na dor dos que se entregam a esse ou àquele tipo de culpa. Compaixão é a porta que se nos abre no sentimento para a luz do verdadeiro amor, entretanto, notemos: ninguém adquire a piedade sem construí-la.

Emmanuel
Do Livro: Ceifa de Luz
Psicografado por Francisco Cândido Xavier

domingo, 6 de setembro de 2009

TENDE CALMA


“E disse Jesus: Mandai assentar os homens.”
— (JOÃO, 6:10)


Esta passagem do Evangelho de João é das mais significativas.
Verifica-se quando a multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza. Os discípulos estão preocupados. Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldade imprevista. André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes. Todos discutem. Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribuí o recurso com todos, maravilhosamente. A grandeza da lição é profunda. Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.



Emmanuel

Do Livro: Caminho Verdade e Vida

Médium: Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 1 de setembro de 2009

CARIDADE PARA COM OS CRIMINOSOS

A verdadeira caridade constitui um dos mais sublimes ensinamentos que Deus deu
ao mundo. Completa fraternidade deve existir entre os verdadeiros seguidores da sua
doutrina. Deveis amar os desgraçados, os criminosos, como criaturas, que são, de Deus, às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem, como também a vós, pelas faltas que cometeis contra sua Lei. Considerai que sois mais repreensíveis, mais culpados do que aqueles a quem negardes perdão e comiseração, pois, as mais das vezes, eles não conhecem Deus como o conheceis, e muito menos lhes será pedido do que a vós.
Não julgueis, oh! não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo
que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?
A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas
palavras de consolação que lhe aditeis. Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo. Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor supremo.
Estão próximos os tempos, repito-o, em que nesse planeta reinará a grande fraternidade, em que os homens obedecerão à lei do Cristo, lei que será freio e esperança e conduzirá as almas às moradas ditosas. Amai-vos, pois, como filhos do mesmo Pai; não estabeleçais diferenças entre os outros infelizes, porquanto quer Deus que todos sejam iguais; a ninguém desprezeis. Permite Deus que entre vós se achem grandes criminosos, para que vos sirvam de ensinamento. Em breve, quando os homens se encontrarem submetidos às verdadeiras leis de Deus, já não haverá necessidade desses ensinos: todos os Espíritos impuros e revoltados serão relegados para mundos inferiores, de acordo com as suas inclinações.
Deveis, àqueles de quem falo, o socorro das vossas preces: é a verdadeira caridade.
Não vos cabe dizer de um criminoso: “É um miserável; deve-se expurgar da sua presença a Terra; muito branda é, para um ser de tal espécie, a morte que lhe infligem.” Não, não é assim que vos compete falar. Observai o vosso modelo: Jesus. Que diria ele se visse, junto de si, um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podeis fazer o mesmo; mas, pelo menos, podeis orar por ele, assistir-lhe o Espírito durante o tempo que ainda haja de passar na Terra. Pode ele ser tocado de arrependimento, se orardes com fé. É tanto vosso próximo, como o melhor dos homens; sua alma, transviada e revoltada, foi criada, como a vossa, para se aperfeiçoar; ajudai-o, pois, a sair do lameiro e orai por ele. Elisabeth de França. (Havre, 1862.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap XI, Item 14

CONSIDERAÇÕES

Para a análise acerca do dever de se praticar caridade ou não mesmo com um criminoso, há que se considerar, em primeira instância, o que venha a ser criminoso e, claramente, qual o significado de crime. Segundo o conceito jurídico, crime é qualquer ato que seja repreensível por ir de encontro à lei vigente. Desta forma, segundo o estabelecido pela humanidade, um criminoso é todo aquele que pratica um ato que não condiga com as leis estabelecidas.
As leis humanas são mutáveis e portanto, ainda carecem de uma estruturação que nos permita um julgamento mais amplo das atitudes tomadas pelos seres, talvez mesmo por ainda sermos incapazes de abranger todos os aspectos que levaram ou não a um ser a praticar tal ou qual ato. Carecemos desta forma de mecanismos assaz seguros que nos permitam, por conseguinte, julgar com segurança os atos incorridos pelos demais seres humanos assim como os incorridos por nós mesmos.
No entanto, apesar de ainda não termos em mãos tais mecanismos, já conseguimos, através do imo de nossas consciências e através de uma análise racional, estabelecer aspectos e pensamentos que nos permitam julgar um ato, como o assassínio, por exemplo, um ato atroz, por não condizer com a disposição natural do ser humano à preservação da vida, abstendo-nos de analisarmos questões sociais e históricas, que por mais sejam fatores atenuantes, não eximem em absoluto, a responsabilidade do autor em razão do ato incorrido.
De fato, não abordamos aqui a questão da necessidade de um julgamento ou não por parte de um ser ou da sociedade, analisando a questão sobre a óptica estabelecida de que o julgamento, qualquer que seja, desde que incorra à melhoria do ser humano através da análise dos atos incorridos por ele ou por terceiros, proporcionando uma base segura para não incorrer novamente em delitos análogos e, desde que proporcione segurança e melhoria de uma sociedade, sob qualquer aspecto, são válidos . Desta forma, não nos alongaremos neste assunto, o qual merece todo o respeito e uma análise mais apurada do que nos permite o momento.
Ainda agora a questão em pauta não fora abordada: deve-se praticar caridade mesmo com um criminoso?
Desta forma, reiteramos a pergunta feita no início: o que é um criminoso?
Ao analisarmos sobre o viés da doutrina espírita e de toda religião que se paute verdadeiramente sobre a égide do pensamento cristão, criminoso é todo aquele que, aos olhos de Deus, comete um ato que seja repreensível, não diretamente pelo Criador, mas pelas leis estabelecidas pelo mesmo; é cada homem o algoz e juiz de si próprio.
E, como cada homem se estabelece, consciente ou inconscientemente, como algoz e juiz de si próprio, havemos de pensar que, a análise dos atos incorridos pelo mesmo se relacionem, dentre outros aspectos, ao conhecimento maior ou menor das leis de Deus, estabelecendo fatores atenuantes às suas ações mas, como já fora reportado, não eximindo-o da responsabilidade pelo mesmo.
Se assim for, podemos considerar que, todos nós, em caráter mais atenuado ou mais ostensivo, somos, em parte, criminosos, desde que ainda somos incapazes de agir a todo tempo de acordo com as leis do Senhor até mesmo porque ainda não estamos de um todo conscientes de todas as suas leis, cabendo-nos, por agora, tentarmos seguir em caráter integral às que conhecemos.
Emmanuel * nos reporta que criminoso, segundo o conceito estabelecido pela sociedade, é todo aquele que, por falta de dissimulação, deixou que uma parte de suas torpezas ficasse à frente dos olhos do vulgo.
Assim, reiteramos pela segunda vez a pergunta: devemos praticar caridade mesmo para com um criminoso?
A resposta, sob a égide cristã, talvez seja bem simples como também, talvez não carecesse de todas as ressalvas e informações anteriormente reportadas:
Sim. Devemos praticar caridade mesmo para com um criminoso.
Um criminoso, não obstante por que óptica analisemos a conceituação e/ou designação desta palavra, como da pessoa a que se deva estabelecer tal adjetivação, é um irmão em Deus, nosso próximo (talvez “nosso próximo mais próximo ou mais longínquo”) que, segundo as idéias cristãs, merece indulgência, amor e quaisquer outras atitudes, tomadas de nossa parte, que se relacionem a idéia de caridade tal qual merecemos nós.
Não podemos inferir qual será a conseqüência de tal atitude em nosso irmão transviado: se receberá de bom-grado, se aproveitará a nossa disposição e melhorará a si mesmo, ou se simplesmente será indiferente ou rude em razão de nossa proposição, digamos, humanitária para com ele. O que nos compete, por agora, é a pratica do bem, não obstante sejam os frutos do mesmo, colhidos hoje ou no futuro. Referimos frutos, estabelecendo a idéia de que estes frutos são a melhoria pessoal deste irmão e não a volúpia em que nos rejubilamos por praticarmos um ato de caridade.
Sejam quais forem as idéias, questionamentos ou conceituações em que nos propormos neste texto ou em outros, em palavras e palestras amistosas, em atitudes benfazejas ou proposições tomadas em nossas vidas, há que se considerar em caráter essencial e absoluto, por nos propormos à idéia cristã do amor ao próximo, de que a caridade deve ser praticada sempre, seja com quem seja, através de atitudes mais ostensivas ou pelo “inaudito melodioso de uma prece”, a caridade é o nosso meio e, de certa forma, “o nosso fim”.

Bergamini, F. R. G.; 2009

Nota: * Emmanuel – espírita de alta monta, mentor do já desencarnado médium Francisco Cândido Xavier. Ao que se tenha notícia, algumas de suas escarnações, foram sobre a roupagem do senador romano Públio Lêntulus, à época da vinda de Jesus à Terra e sob a roupagem de padre jesuíta Manuel de Nóbrega, durante o Brasil Colonial.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ERRATA - E-mail para Contato

Nossos cartazes de divulgação infelizmente trouxeram a informação sobre o e-mail para contato que é de acesso restrito, isto é, somente às pessoas já cadastradas no grupo de emails do NEUUnicamp. Desta forma, deixamos aqui os emails em que poderão contactar-nos a fim de obterem maiores informações sobre o Núcleo Espírita Universitário da Unicamp:

neuunicamp@gmail.com

neuunicamp@yahoo.com.br


segunda-feira, 20 de julho de 2009

BIBLIOTECA DIGITAL - ACERVO ESPÍRITA

Afim de ampliar a divulgação espírita, colocamos a disposição da comunidade espírita o acervo em pdf que possuímos de algumas das principais obras espíritas psicografadas.
De fato, frisamos que, caso gostem de tal ou qual obra e obtemperem comprá-la, façam-no pois a renda é convertida em proventos a entidades assistenciais. Ademais, boa leitura!

Caso queiram fazer download cliquem no(s) links abaixo:

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OBRAS BÁSICAS - PENTATEUCO KARDEQUIANO
Download Clique Aqui
(obras em Português, Italiano e Esperanto)



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FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

Download - Emmanuel - Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 7 de julho de 2009

EXPLICAÇÕES


Como de praxe a todos os blogs, este primeiro texto tem por ituito definir e explicar a função do mesmo.
Pertencente ao Núcleo Espírita Universitário da Unicamp (NEUU), este blog se destina à divulgação do referido grupo de discussão como também para a publicação de mensagens , trabalhos, artigos e análises produzidos pelos integrantes do mesmo.
Ademais, tem por proposição publicar links de arquivos interessantes à comunidade espírita (e.g. E-books, músicas e vídeos), além de trazer por função divulgar o NEUU e as extensões referentes ao mesmo.

O NEUU é um grupo auto-gerido, destinado a discussões acerca de diversos temas à luz da doutrina espírita nao apresentado qualquer vínculo institucional com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) senão a permissão de utilização de uma sala da mesma, quando se encontra em tempo ocioso.

Nossas reuniões ocorrem todas as Terças-Feiras, no PB
12 (Ciclo Básico II - Sala 12) das 18 às 19 horas.

Para quaiquer informações adicionais enviem e-mail para: neuunicamp@yahoo.com.br

Conheçam também: Comunidade Unicamp Espiritismo (Orkut)