sábado, 24 de abril de 2010

Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai

Estudo dO Evangelho Segundo o Espiritismo - 13/04
Cap III - Há muitas moradas na casa de meu Pai
 
Muito já foi dito sobre os diferentes mundos que os espíritos podem habitar, e estes sem dúvida caracterizam as diversas moradas da casa do Pai.
Porém, neste estudo, acabamos levando as idéias para um outro lado, uma outra concepção dessas diferentes moradas.
Como dito no próprio Evangelho, "essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos na erraticidade". Dessa forma, aqueles que permanecem arraigados à escuridão de seus vícios, tendências, ficam presos a um estado que não os permite gozar das alegrias e bençãos das diversas moradas de nosso Criador. Já aqueles que buscam amenizar seu ego, aperfeiçoar atos e sentimentos, permitem-se elevar a outras esferas, podendo desfrutar de estados mais sublimes, mais plenos, outras moradas, enfim.
Porém Deus, em sua infinita misericórdia e justiça, nos permitiu a todos, independentemente do estado em que nos encontramos, habitar Sua grandiosa casa. Apegados a um estado infeliz ou extasiados com as maravilhas da criação, todos possuem seu cantinho na imensa casa do Criador.
E somente uma reflexão: se nos utilizamos dessas moradas para nossa evolução, ou seja, se usufruímos de um bem fornecido de forma tão caridosa por Deus para realizarmos um bem a nós mesmos, não temos então uma obrigação para com elas? Não devemos um cuidado, um esmero, como se fora nossa própria casa material, que limpamos, pintamos, arrumamos? Aí habita nosso comprometimento com o mundo de que nos utilizamos agora. Ele nos dá comida, água, ar, o solo, e será que o percebemos a cada dia que o utilizamos? Agradecemos a oportunidade de ter essa morada? Nos preocupamos com ela, cuidando para que não fique suja, doente, com danos ? Pedimos licença a cada manhã, para pisarmos esse solo que  nos mantém todos os dias?
Sim, é somente uma das moradas, em uma visão bem simplista, mas se não nos damos conta da casa mais simples que habitamos, como podemos almejar fazer das outras, mais elevadas, o nosso lar?
 
Aqui um haikai para ilustrar:
 
Queremos o céu
Perdemos o chão
Não há onde por a escada
 
Falcão, F.G.